10 anos do facebook
No dia 4 de fevereiro de 2004, a página do Facebook era lançada na internet. A web contava, então, com cerca de 800 milhões de usuários, um terço da população on-line atual. Criado por quatro colegas de dormitório da Universidade Harvard (os americanos Dustin Moskovitz e Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin, além de Zuckerberg), o site pretendia apenas comparar garotas da universidade, classificando-as segundo a beleza e sex appeal. Rapidamente, o serviço mostrou seu poder de conectar pessoas segundo afinidades e interesses, atraindo interesse de outras instituições de ensino superior americanas. O passo seguinte seria deixar os muros da academia. Hoje, o Facebook tem 1,23 bilhão de usuários, recebe diariamente 4,75 bilhões de conteúdos, fatura 7,8 bilhões de dólares ao ano e possui 6.336 funcionários espalhados em 36 escritórios ao redor do planeta. Nessa década, chegou aonde nenhuma outra rede virtual ousou ir (MySpace que o diga...) e superou grandes desafios, como a migração acelerada dos usuários dos tradicionais desktops para os dispositivos móveis. Agora, se prepara para enfrentar outros: manter-se relevante diante de concorrentes como os aplicativos de mensagem instantânea, além de explorar os mercados emergentes, já que o crescimento nas nações ricas parece ter atingido o limite.
O Facebook, é claro, não brotou no deserto. Seu aparecimento e sucesso são consequências da aplicação de um conjunto de ideias desenvolvidas vagarosamente por um jovem que, aos 19 anos, começou a mudar a forma pela qual as pessoas se relacionam na internet. Quando lançou o Facebook, Zuckerberg já tinha um objetivo traçado: atrair universitários. Fazer parte da comunidade se tornou, então, um anseio estudantil. Originalmente, a rede era restrita aos alunos de Harvard, passando em seguida a receber estudante de Stanford, Columbia e Yale. Foi uma correria virtual. Todos aguardavam ansiosamente um convite para fazer parte do seleto grupo de