074374060302

982 palavras 4 páginas
Misturas asfálticas quentes

Teônis Silva de Paiva* e Elizabeth Ferreira Cartaxo

Resumo

As misturas asfálticas a quente, utilizando como agregado o seixo, possuem grandes vantagens em relação a outras devido a sua elevada resistência mecânica. O objetivo deste trabalho é relacionar os impactos ambientais devido a estas misturas. Os impactos causados são as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs). Os operários, responsáveis pela execução do revestimento, submetem-se à inalação destes compostos, comprometendo assim sua saúde, e a condições de extremo calor. As temperaturas de compactação giram em torno de 150° C. Outro problema é o alto consumo de energia utilizado na fabricação da mistura. O consumo energético utilizado para essa mistura é cerca de 30 % maior que a mistura morna e 50 % maior que a mistura fria. A retirada de seixo dos rios, para utilização como agregado, causa impactos como: possível poluição dos rios por combustíveis, morte de vida aquática, desmatamento para a área do material extraído, entre outros. Uma possível solução para estes impactos nos rios seria a utilização do Resíduo de Construção e Demolição (RCD), como agregado. O RCD, na maioria das vezes, é disposto clandestinamente em locais como terrenos baldios, margens de rios e nas ruas das periferias. A utilização deste como agregado alternativo pode trazer um benefício ambiental duplo. Assim, conclui-se que estudos se fazem necessários para que sejam substituídas essas misturas convencionais.

Introdução

O asfalto é hoje o principal material utilizado para revestimentos. No Brasil, cerca de 95 % das estradas pavimentadas são de revestimento asfáltico. Há várias razões para o uso intensivo do asfalto em pavimentação, sendo as principais: proporciona forte união dos agregados, agindo como um ligante que permite flexibilidade controlável; é impermeabilizante; é durável e é resistente à ação da maioria dos ácidos, dos álcalis e dos sais,

Relacionados