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07. Atuação do psicólogo frente a parentalidade x reprodução humana assistida

Prof. Ms. Ana Rosa Detilio Monaco

É uma área muito nova, muito recente e que o psicólogo ainda tem muito a fazer. Porque a demanda do sujeito é muito grande, os médicos não dão conta do comprometimento afetivo que há em casos como esses. Começou-se então a abrir um pequeno espaço e hoje, após quinze anos de trabalho, o espaço aumentou.

Escolhi parentalidade poruqe vamos começar falar de uma mudança na constituição familiar, porém não há como deixar de falar na psicanalise. Novos arranjos familiares surgiram nos últimos tempos pois a RHA possibilitou novas possibilidades de filiação e constituição familiar e atualmente o termo parentalidade parece mais coerente. Construção parental: para a psicanalise as representações sobre o bebê se iniciam muito antes de seu nascimento, não podemos restringir parentalidade à gestação e ao nascimento do filho.

Narcisismo e filiação Filho como projeto de continuidade narcisista, um traço de caráter, uma forma de olhar, o nome da família, continuidade, ver um pouco de nós em nossos filhos. É humano e narcísico pensar no filho como melhor que nós: mais bonitos, mais inteligentes, mais bem sucedidos na vida, que vencerão onde perdemos. Desejo relativo de imortalidade do eu, estende-se para o desejo de imortalidade do par. Quando isso acontece, somos privados de uma realização tão primordial e tão comum. (Marina Ribeiro, 2006) Infertilidade – situação em que o casal não consegue a gravidez por mais de um ano sem contracepção ou ainda abortos de repetição. Em países industrializados, cita-se a taxa de 15%, destes 5% não conseguirão ter filhos. Cita-se que no Brasil esta incidência possa ser maior, fatores na etiologia, da infertilidade se encontram relacionados a patologias infecciosas e pélvicas. 45% fatores masculinos – 45% fatores femininos – 10% ESCA (Esterilidade sem causa aparente) O impacto da infertilidade – Os casais não esperam viver a