06 Influ ncia dos Cl ssicos LUIDI

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A Influência dos Clássicos da Política na construção do Estado Democrático de Direito1 “A desgraça dos que não se interessam por política é serem governados pelos que se interessam”. (Weffort, 2000. p. 8) “Dizer que um pensador é um clássico significa dizer que suas idéias permanecem. Significa dizer que suas idéias sobreviveram ao seu próprio tempo e, embora ressonâncias de um passado distante, são recebidas por nós como parte constitutiva da nossa atualidade.” (Weffort, 2000. p. 8) As duas afirmações acima nos introduzem de maneira interessante ao tema que pretendo desenvolver. Afinal, qual a importância do estudo da Ciência Política e em particular dos clássicos da política para um estudante de Direito? Preocupada em demonstrar a relevância do estudo dos clássicos, me aterei a compilar algumas das contribuições desses autores para a construção do Estado que hoje vemos em funcionamento. A importância de Maquiavel está relacionada à maneira como ele passa a ver o Estado. Com sua visão dura e implacável sobre o fenômeno do poder, Maquiavel chocou seus contemporâneos e ainda hoje provoca o fascínio dos estudantes que se debruçam sobre sua obra. A contribuição dos contratualistas Hobbes, Locke, Montesquieu e Rousseau está intrinsecamente relacionada ao seu contexto histórico e também a idéia dos direitos naturais. Hobbes e Locke viveram em uma Inglaterra que passava por uma guerra civil. Viram o poder do rei ser limitado e o Parlamento ser criado. Desse modo, foram partícipes de uma das mais importantes revoluções burguesas que já se teve notícia. Hobbes vive a revolução de 1640 e Locke vive a Revolução Gloriosa de 1688, que juntas fazem parte do mesmo fenômeno, a Revolução Inglesa. Thomas Hobbes, defensor do estado absolutista, introduziu o individualismo radical no pensamento político e estabeleceu as bases teóricas do conceito moderno de contrato social, que seria desenvolvido, posteriormente, por

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