043364081104

545 palavras 3 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- UFMA
São Luís, 08/11/2013
Joice Costa Santos
TEORIA DA LITERATURA II
ANÁLISE SOCIOLÓGICA DO CONTO “OPOÇO”

No conto “O Poço” de Mário de Andrade ,a história se passa em meados do século XX. Provavelmente, se trata do Brasil do café e do avanço da industrialização. Tem-se, no conto, a corte da sociedade paulista do início do século. Joaquim Prestes é representante da velha aristocracia rural que continua presa a velhos preceitos autoritários e paternalistas típicos do colonialismo.
Ao mesmo tempo, os trabalhadores e inúmeros tipos humanos, verificados no conto, são um pequeno retrato da exploração e da submissão trazidas pelo advento do capitalismo. Este conto apresenta uma sociedade marcada pelo autoritarismo e a arbitrariedade, vividos na realidade sob o governo do ditador populista do Estado Novo de Getúlio Vargas e pelo patriarcado, e também pela precariedade laboral, pelo oferecimento da força de trabalho, em troca de um pago mínimo que se destina a compra de alimentos para repor a energia vital e poder retornar ao trabalho, gerando uma total dependência deste pago. As condições de trabalho nessa época eram totalmente sub-humanas, onde os trabalhadores eram expostos a riscos ocupacionais e perigos, resultando em acidentes de trabalho, quando não, sofriam de graves doenças e eram afastados dos seus devidos cargos, sem usufruir de qualquer direito trabalhista.
Inicialmente temos Joaquim Prestes, o dono do pesqueiro, onde toda a trama se desenrola. Mandão, mal humorado e mesquinho, sempre tenta dar um jeito de economizar dinheiro, e para tanto, manda seus próprios empregados abrirem um poço, ao invés de chamar um trabalhador especializado.
No começo do conto, o narrador dá detalhes acerca da caracterização de Joaquim Prestes. O narrador explica que ele é muito criativo para os negócios, como se depreende de um detalhe sobre sua tentativa de criação de abelhas.
Em “O poço”, As relações trabalhistas eram marcadas

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