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Estudo de Caso: Empresa de Vinhos Moura

No início de 2003, José Gomes, com o fruto de uma poupança acumulada ao longo de mais de 30 anos de trabalho como gerente de uma grande companhia atacadista de vinhos, abriu uma loja para venda de bebidas finas, a empresa Vinhos Moura Ltda.. No final de 2003, seu primeiro ano de negócio, ele recebeu um relatório do sindicato do comércio varejista de bebidas que indicava que sua empresa tinha incorrido em prejuízo no primeiro ano de operações. Gomes ficou bastante abalado com o informe, pois tinha certeza de que havia obtido lucros razoáveis e não conseguia entender como o pessoal do sindicato havia chegado a resultado tão diferente.
O sindicato elaborava anualmente, de forma graciosa para os associados, um demonstrativo sobre o desempenho financeiro do setor. Esse trabalho de compilação era efetuado pela empresa de Consultoria ASG, que remetia formulários padronizados para as empresas, solicitando dados sobre investimentos, receitas e despesas realizadas no ano, de modo a poder preparar um demonstrativo sobre o desempenho do setor.
Ao preencher os formulários remetidos pela ASG, Gomes informou que havia retirado R$ 120.000,00 da firma para seu uso particular, em função de estar na função de sócio gerente, e que essa importância era somente 20% superior ao salário que recebia anteriormente como gerente de uma grande empresa de bebidas. Além disso, informou também que sua esposa, que figura como sócia capitalista, portanto não trabalha na empresa, havia retirado R$ 12.000,00 para o pagamento de gastos escolares de seus filhos; que seu imposto de renda pessoal fora de R$ 35.000,00; e que, como a sua única fonte de renda é a loja, considerou razoável registrar como despesa da firma.
Como a firma de consultoria havia solicitado dados adicionais sobre aluguéis, impostos, taxas, seguros etc., informou que o prédio onde se encontrava localizada a loja e o automóvel utilizado nos serviços da Vinhos Moura eram de sua propriedade, que