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Bárbara Pedroso Lopes
RA: B465CA-5
Local: Largo de Osasco
Data: 17/08/2015
Horário de início: 21:00 H
Horário de saída: 22:30 H

Minha primeira observação me causou uma tremenda mobilização, primeiro pelo tema que havíamos escolhido, segundo pela falta de horários que disponho na minha rotina, o que muitas vezes me faria observar na parte da noite. Confesso que senti medo e que fiquei me imaginando parada num lugar escuro e perigoso, olhando atentamente a rotina de moradores de rua, me vi exposta a qualquer tipo de situação. Quando cheguei ao Largo, minha primeira dificuldade foi então saber em que lugar eu poderia me posicionar para observar, parei meu carro próximo ao ponto de taxi e fiquei dentro dele. No horário que cheguei ali, já havia alguns moradores de rua aglomerados embaixo da passarela da estação de trem e notei que aos poucos foram chegando mais alguns, me vieram muitos pensamentos e um deles foi o de como seria a organização deles, com relação ao lugar onde eles “moram”, por passar sempre por ali eu já havia notado que o lugar está sempre ocupado por eles, fiquei imaginando se eles se dividem na região, tendo cada um, um local específico pra ficar, se quando saem outro ocupa o lugar, se eles têm uma “turma/ família” com os quais eles se identificam e criam laços, fiquei atormentada com todos aqueles pensamentos e a cada minuto da observação ficava mais incomodada. Percebi a dificuldade que teria em observar esse tema, uma por ser muito medrosa e outra por ser extremamente sensível aquela situação. Lembro-me de ainda nova, fazer minha mãe comprar uma sesta de alimento para uma senhora, além de todas as noites frias, pedir ao meu filho que agradeça por ter teto, cama e coberta, faço doações de tudo o que consigo, porém nunca parei pra ficar olhando a rotina deles, o jeito como vivem na integra. Quando parei mesmo pra olhar todo aquilo, que sempre esteve embaixo do meu nariz, a sensação foi ainda pior. Pra se manter aquecidos eles se espremem e além de