Ética na Comunicação
Hoje a palavra ética é recorrente nos meios de comunicação, muito se fala de transgressões e quebra de preceitos éticos.
No entanto, os profissionais da comunicação quase sempre confundem ética com moral e direito, não conseguem discernir problemas específicos exatamente por carecerem de formação teórica.
Como formadores de opinião, estes profissionais terminam convertendo a ética em ideologia que aliena a massa e desvirtua o significado e função da ética.
É por isto que, tradicionalmente, a imagem do Brasil, perante os estrangeiros e os nacionais, situa a esfera ética confusamente, perpetuando, por exemplo, a inexistência de fronteiras entre o público e o privado, principalmente, quando se trata da organização do Estado.
Neste sentido; enquanto em outros países a separação do público e privado domina discussões na mídia e no seio da sociedade; no Brasil a junção é nítida, descambando na utilização de recursos públicos para gerir gastos pessoais, no nepotismo e em tantas outras mazelas.
Tudo, sem que as pessoas debatam estas situações adequadamente, fazendo imperar a impunidade, mesmo quando as são infringidas.
A transformação da sociedade, para dar conta de construir valores éticos que beneficiem a coletividade, passa pela mudança de mentalidade individual, onde os meios de comunicação se tornam essenciais para liderar debates e esclarecer educando o grande público.
Entretanto, antes, é necessário possibilitar aos profissionais da comunicação uma fuga do senso comum, penetrando além das aparências alienadoras, formando conceitos teóricos sólidos para informar corretamente a massa.
É óbvio que, para isto, faz-se necessário também abordar a ética enquanto constitutiva de uma prática profissional, padronizando e regulando comportamentos e posturas, organizadora de procedimentos.
O que, em simultâneo, poderia, junto com outros meios,