Um+um=um

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Um + Um = UM grupos de vanguarda modernista no Brasil

Entre os historiadores de arte e arquitetura é consensual que o movimento moderno no Brasil tem como importante evento catalizador e difusor de idéias a Semana de Arte Moderna ocorrida em Sao Paulo entre 13 e 17 fevereiro de 1922. A literatura e as artes plásticas assumem o protagonismo, mas trata-se de um fato que abrange todos os campos da arte. A arquitetura teve um papel tímido na Semana, todavia parece nao escapar de suas influências e desdobramentos.

Em 1970 Yves Bruand, frances, defende sua tese de doutoramento intitulada Arquitetura Contemporanea no Brasil, publicada em portugues em 1981. O trabalho de Bruand é o primeiro levantamento sistemático da arquitetura brasileira projetada/construída entre 1936-1960. Sobre as premissas da modernidade o autor assinala o carater evolutivo do pensamento moderno no Brasil cujas raizes encontram-se em um grupo de intelectuais, especialmente paulistas, os quais promoveram a Semana de Arte Moderna. Entretando, afirma que este acontecimento nao teve uma repercusao direta na arquitetura, apenas cria um ambiente que propicia a renovaçao, um espirito de luta contra os valores estabalecidos. Bruand aponta Warchavchik como introdutor, e posteriormente Lucio Costa como lider do processo de modernizaçao da arquitetura no Brasil.[1]

Também Segawa insere a Semana de 22[2] como um episódio importante dentro do movimento de vanguarda, inicialmente paulista, desencadeador de uma nova postura frente à cultura vigente, o qual radica no campo da pintura e da literatura, mas, conforme assinala, tem pretençoes de abarcar todos os âmbitos da cultura[3].

Em Quando o Brasil era Moderno[4], um guia de arquitetura moderna no Brasil, como um dos produtos da mostra do mesmo nome realizada no Rio de Janeiro entre 2000/2001, Cavalcanti vincula a qualidade alcançada pela arquitetura moderna brasileira, em alguma medida, ao fato de colocar em

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