O que produz e o que reproduz em educação
A sociologia da educação entre o funcionalismo e o pós-modernismo
Para começarmos é preciso explicar o que é o funcionalismo. É um ramo da antropologia e das ciências sociais que procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções realizadas nas instituições e suas consequências para a sociedade como um todo. É uma corrente associada à obra de Durkheim. Para ele cada instituição exerce uma função especifica na sociedade e o seu mau funcionamento significa um desregulamento da própria sociedade. Fato social é exterior na medida em que existe antes do próprio individuo, e coercitivo, na medida em que a sociedade se impõe sem o consentimento prévio do individuo.
Os paradigmas entre o funcionalismo em sociologia é existente até mesmo na atualidade, excluindo uma visão cética com relação à ordem existente e baseada em um modelo marxista e empirista.
A sociologia da educação visa o entendimento dos processos sociais, dessa forma, um dos maiores enfoques da sociologia da educação é o mecanismo pelo qual a educação condiciona a expressão de uma sociedade de classes. Vários setores da sociologia da educação veem se mostrando interessados em processos sociais produzidos em pequenas unidades sociais, como na sala de aula e seus efeitos dentro da própria sociedade.
O grande tema da sociologia da educação é como os mecanismos pelas quais a educação contribui para a produção e a reprodução de uma sociedade de classes.
Vários estudos como de Althusser, 1970; Bowles e Gintis, 1976; Bourdieu e Passeron, 1970; Baudelot e Establet, 1971 e Michael Young, 1971, são englobados sob o titulo de reprodutivistas. Estes estudos mostram a contribuição especifica e decisiva da educação para a produção e reprodução das classes sociais, na sua capacidade de manipulação e moldagem das consciências.
Para Althusser, Bowles e Gintis, Baudelot e Establet declaradamente marxistas, a divisão social decisiva é aquela entre classes econômicas e