O problema da sustentação lógica do princípio da indução,segundo hume

734 palavras 3 páginas
David Hume. Para este pensador, as crenças que se tem sobre o futuro e as crenças que se tem sobre generalizações, a partir de um raciocínio indutivo, não podem ser justificadas racionalmente. Hume considera que nossas crenças sobre o futuro baseiam-se na percepção e na memória, mas não podemos deduzir como será o futuro a partir de premissas que descrevem somente o presente e o passado. Vamos elucidar este ponto com um exemplo: Vamos supor que um minerador tenha observado muitos rubis e verifica que cada um deles era vermelho. Ele pode , então, formular a previsão "A próximo rubi que vou observar será vermelho" ou talvez generalize dizendo "Todos os rubis são vermelhos".
É dito que o senso comum diz que somos racionais ao acreditar em previsões e generalizações se as nossas crenças se basearem em muitos dados ou casos particulares. Observar muitos rubis e descobrir que cada um deles é vermelho parece justificar a expectativa do minerador de que próximo rubi que encontrar será vermelho também. Mas David Hume entende que não se podem deduzir generalizações ou previsões a partir das observações que fizemos no passado.
Podemos fazer a seguinte generalização:
Observei milhares rubis e cada um deles era vermelho. Logo, todos os rubis são vermelhos.
Podemos , também, fazer a seguinte previsão:
Observei milhares de rubis e cada um deles era vermelho. Logo, o próximo rubi que observar será vermelho.
Tanto no argumento por generalização como no argumento da previsão, pensa-se que a conclusão está racionalmente justificada pelas premissas. A posição de Hume é a de que esta convicção não pode ser defendida racionalmente, as premissas desses argumentos não justificam racionalmente as suas conclusões. O ponto de vista de Humeano é o de que não há absolutamente qualquer justificação racional para as nossas crenças que são generalizações ou previsões, sendo apenas um hábito humano de considerar que tais premissas são boas razões para se inferir tais conclusões.
Segundo

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