o individuo e a sociedade

Indivíduo e Sociedade
Profa. Marilia de Castro Silva
Departamento de Sociologia

As relações entre o indivíduo e a sociedade estão manifestas na vida individual e coletiva. O fato de vermos uma criança trabalhando pode ser interpretado como um fracasso ou incapacidade de pessoas em particular ou um dos sinais de que existe concentração de renda no país provocando uma desigualdade social que diferencia o acesso dos cidadãos aos bens e oportunidade sociais.
O sociólogo Wright Mills (1982) denomina como “imaginação sociológica” a qualidade intelectual que nos possibilita relacionar os acontecimentos da vida individual como reflexo da estrutura da sociedade à qual pertencemos. A trajetória de nossa vida está relacionada à história de nossa família, da comunidade a qual pertencemos, da sociedade na qual vivemos. Os acontecimentos históricos influenciam a nossa biografia. (ver Tomazi: 2000, cap.2 –pags. 25 a 32)
A sociedade como organização complexa surgiu quando as normas tornaram-se leis e as leis fixaram costumes, tradições e maneiras de agir que eram tidas como convenientes pelo grupo social. Isso significa, segundo Durkheim, que na vida em sociedade o interesse coletivo impõe regras às condutas individuais.
A vida em grupo somente foi possível porque seus membros estabeleceram regras de convívio. Importa lembrar que a primeira forma de saber, o mito, são mensagens de adaptação ao mundo que ajudam a fixar normas. Se observarmos a vida cotidiana, reconheceremos as ações como ordenações de hábitos e costumes pautados no aprendizado obtido na vivência em grupo. Os grupos denominados primários, são aqueles do convívio direto, face a face, nas relações de proximidade com a família, os amigos e os vizinhos. Esses grupos são predominantes na vida em comunidade, onde ocorrem as relações afetivas, de vizinhança e parentesco. Os grupos secundários são aqueles formados a partir das instituições sociais, como a divisão do trabalho e organizações religiosas,