O Fruto do Espírito

O FRUTO DO ESPÍRITO: QUALIDADES DE UMA VIDA QUE AGRADA A DEUS
INTRODUÇÃO
Na época em que o apóstolo Paulo escreveu que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23), havia em torno de 250 milhões de pessoas carentes vivendo no planeta. No tempo de Martinho Lutero, no século XVI, esse número era de 450 milhões. Em 1900, a população de carentes do planeta estava atingindo 1,65 bilhão. Em 1975 éramos 4 bilhões. Hoje, esse número passa dos 6 bilhões1. A humanidade é um contingente enorme de homens e mulheres carentes de Deus, enfermos moral e espiritualmente. Mais do que enfermos, os homens estão mortos nos seus delitos e pecados (Ef 2:1), que os separa da comunhão com o criador e os impede de viver de maneira que realmente agrade a Deus.
É verdade que, para o cristão, existe a possibilidade de ter essa comunhão com o Pai inteiramente restaurada, pois a obra de Cristo, na plenitude dos tempos, proveu novamente o acesso para esse relacionamento. Entretanto, há que se reconhecer que a atual crise moral e ética sem precedentes, que assola todas as camadas da sociedade pós-moderna, atinge de forma inquestionável a estrutura do caráter e da conduta de boa parte da igreja cristã nos dias atuais.
Rubem Amorese, em seu livro Icabode2, apresenta muito bem este tema da crise moral e de caráter que devasta a igreja hodierna. Mais do que nunca, é necessário que a igreja volte para as Escrituras e considere seriamente seus imperativos: “Sede santos, porque eu sou santo” e “Andai no Espírito, e não satisfareis as concupiscências da carne”.
Dentro deste contexto, o objetivo deste trabalho é trazer uma análise bíblica e teológica do verdadeiro caráter de santidade que o cristão deve apresentar, caráter este desenvolvido pelo Espírito Santo e demonstrado nas nove qualidades do Fruto do Espírito de Gl. 5:22-23.
Na primeira seção é feita uma apresentação do imperativo bíblico da santidade na vida do crente e das suas implicações. A seguir, desenvolve-se um argumento