O feiticeiro e sua magia
INTRODUÇÃO
Aborda o processo dos rituais xamânicos, os mecanismos psicossomáticos e sociais fundamentais para a eficácia da magia e o papel do feiticeiro, da comunidade e do doente em um ritual de cura.
CASO DO FEITICEIRO QUE TRAI A COMUNIDADE (TAPAJÓS):
É interessante perceber como a força da crença coletiva é capaz de construir e alterar verdades.
CASO DO MENINO FEITICEIRO (ZUNI DO NOVO MÉXICO):
O grupo que o julgava, não estava, (com o passar do tempo, das versões e dos aumentos dos detalhes) interessado em reprimir o crime, mas sim em atestar a realidade do sistema, que por sinal, tornou possível a existência do suposto crime.
CASO DO FEITICEIRO QUESALID (KWAKIUTL):
Processo de cura.
“Quesalid não se tornou um grande feiticeiro porque curava seus doentes, ele curava seus doentes porque se tinha tornado um grande feiticeiro.”
O grupo acredita piamente no xamã.
COMPARAÇÕES ENTRE XAMÃ E O PSICANALISTA
Diferença no direcionamento: “na cura xamanística, o feiticeiro fala, e faz ab-reação para o doente que se cala, ao passo que na psicanálise é o doente que fala, e faz ab-reação contra o médico que o escuta.”
EFICÁCIA DA MAGIA
“...a eficácia da magia implica na crença da magia, e que esta se apresenta sob três aspectos complementares existe, inicialmente, a crença do feiticeiro na eficácia de suas técnicas; em seguida, a crença do doente que ele cura, ou da vítima que ele persegue, no poder do próprio feiticeiro; finalmente, a confiança e as exigências da opinião coletiva, que formam a cada instante uma espécie de campo de gravitação no seio do qual se definem e se situam as relações entre o feiticeiro e aquele que ele enfeitiça.”