O CRESCIMENTO DO PROLETARIADO
A acumulação primitiva de capital nada mais era do que o processo histórico de divorciar o produtor dos meios de produção. Para Marx a reserva de mão-de-obra fortalecia o crescimento da indústria, fortalecendo assim a acumulação de riqueza do capitalista. A classe capitalista surgiu como produto do desapossamento de outros através da superioridade econômica ou política. Para que o capitalismo amadureça como sistema de produção, disse, Marx ''dois tipos bem diversos de donos de mercado tem de se defrontar e entrar em contato: de um lado, os donos do dinheiro, meios de produção e de subsistência, desejosos de aumentar a soma de valores possuídos pela compra da força de trabalho de outras pessoas, de outro, os trabalhadores livres, vendendo sua própria força de trabalho''. A principal marca capitalista capitaneada pelo Estado era o recrutamento forçado da mão-de-obra para suprir as necessidades dos capitalistas. O resultado desse estatuto desfavorável aos trabalhadores era traduzido como políticas desumanas de trabalho forçado. Os séculos nos quais o proletariado foi recrutado mais rapidamente foram aqueles de aumento demográfico natural lento, e não rápido, e a escassez ou plenitude de uma reserva de mão-de-obra nos diversos países. A revolução industrial na Inglaterra coincidiu com um aumento natural de rapidez incomum, mas foi também um período no qual outros motivos para a existência de uma crescente reserva de mão-de-obra se mostraram em maior evidência: como a morte do campesionato como classe e o fim dos ofícios artesanais. Para isso, tornou-se claro para os que desejavam reproduzir as relações capitalistas de produção que a pedra fundamental de seus esforços, devia ser a restrição da propriedade da terra a uma minoria e a exclusão da maioria quanto a qualquer participação na propriedade. A dispersão dos dependentes feudais, a dissolução dos