A O Epidemiol Gica
A Organização Mundial de Saúda estima que em 2010 tenham ocorrido 219 milhões de casos de malária que provocaram a morte a 600 000 pessoas. Outras fontes estimaram o número de casos entre 350 e 550 milhões para a malária falciparum e 1,24 milhões de mortes em 2010, uma subida em relação ao milhão de mortes estimado em 1990. A maioria dos casos (65%) ocorre em crianças com idade inferior a 15 anos. Cerca de 125 milhões de grávidas estão em risco de ser infetadas a cada ano. Na África sub-sariana, estima-se que a malária materna esteja associada à morte de 200 000 crianças anualmente. Tanto a incidência global como a mortalidade que daí resulta têm vindo a diminuir nos últimos anos. De acordo com a OMS, as mortes atribuídas à malária em 2010 correspondem a uma diminuição de cerca de um terço, quando comparadas com a estimativa de 985 000 para o ano 2000, devido em grande parte à disseminação do uso de redes mosqueteiras tratadas com inseticida e da terapia combinada de artemisinina.
A malária é atualmente endêmica nas regiões equatoriais, em regiões da América, algumas partes da Ásia e grande parte de África. Entre 85 e 90% das mortes por malária ocorrem na África Sub-Sariana. Em 2009, uma estimativa indicou que os países com a maior taxa de mortalidade por cada 100 000 habitantes foram a Costa do Marfim (86,15), Angola (56,93) e o Burkina Faso (50,66). Em 2010, outra estimativa indicou que os países com maior taxa de mortalidade foram o Burkina Faso, Moçambique e o Mali. Ainda em 2010, cerca de 100 países possuíam malária endêmica. Estes países são visitados anualmente por mais de 125 milhões de viajantes internacionais, dos quais mais de 30 000 contraem a doença. No Brasil, 97% dos casos ocorrem na região amazônica e pouco menos de 2,9% nas regiões próximas, sendo mais de 80% nas regiões rurais.
Na Europa e na América do Norte, a doença está praticamente erradicada. Entre 1993 e 2003, a malária provocou a morte a 900 pessoas na Europa. Em