a TRADIÇÃO PLANALTO EM ARTE RUPESTRE NA SERRA DO BAMBUI
ROBERTO PILADE GAMBASSI JUNIOR
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem
Orientação: Prof. Dr. Marcelo Fagundes
Esta comunicação apresenta os resultados preliminares da Iniciação Científica desenvolvida em sítios de arte rupestre filiados à Tradição Planalto, ambos localizados em terras do município de Presidente Juscelino, bacia do rio São Francisco, Minas Gerais. O objetivo é analisar a composição gráfica dos painéis rupestres dos dois sítios arqueológicos, Coroado I e II, bem como as relações com os demais sítios evidenciados regionalmente, procurando inferir sobre continuidade ou mudança nos conjuntos gráficos. A Tradição Planalto, comum ao Planalto Central brasileiro, em especial em Minas Gerais, está representada pela presença de grafismos zoomórficos, sobretudo cervídeos e peixes, mas também há representações de aves, répteis e outros mamíferos. São majoritariamente monocromáticos, principalmente em vermelho, mas o uso do amarelo, preto e branco é presente em vários sítios arqueológicos. Os antropomorfos são discretos e, na maioria das vezes, filiformes. Como metodologia, além dos trabalhos de campo para registro fotográfico dos painéis rupestres, em laboratório tem se utilizado diferentes softwares para melhoramento das imagens e posterior realização de calque digital que colabora para compreensão dos conjuntos, mapeando similaridades e diferenças, características do gesto técnico, etc. Os conjuntos gráficos dos sítios Coroado I e II, como dito, estão filiados à tradição Planalto, sendo que as representações de peixes e cervídeos são majoritárias, havendo aquelas em vermelho (na maioria) e algumas em amarelo. A maior particularidade é o suporte rochoso, calcário do grupo Bambuí, diferente dos sítios mais próximos que ocorrem em abrigos em quartzito. Ao final da Iniciação Científica se pretende