A sociedade contemporânea
A sociedade contemporânea, particularmente nas últimas duas décadas, presenciou fortes transformações. Entre os principais motivos dessas transformações está, sem dúvida, a revolução tecnológica. Uma revolução que atualmente não é mais de infra-estruturas, como ferrovia e telégrafo, ou de máquinas como o automóvel e o torno, conforme as revoluções anteriores, mas de sistemas de organização do conhecimento. É a própria máquina de inventar e de renovar tecnologias que vem sendo revolucionada, ou seja, o trabalhador veio mudando, mudando a forma de pensar, de agir, de criar. O conhecimento da última técnica, do mais novo produto, a mais recente descoberta científica implica alcançar importante vantagem competitiva. O próprio saber se torna uma mercadoria-chave a ser produzida e vendida para quem pagar mais. Trabalhadores são “leiloados” por empresas, pois não existe muita gente capacitada para tais serviços, quando existe é um leilão para consegui-lo.
Essas mudanças, juntamente com a globalização, têm colocado desafios que testam tanto a capacidade da empresa de se manter no mercado quanto à dos profissionais em se manter em condições aptas para desenvolver seu trabalho, uma vez que esse novo padrão exige qualidade, flexibilidade e maior produtividade. O ambiente globalizado caracteriza-se por possuir um grau de modificação muito rápido, uma forte concorrência entre as empresas e a violenta competição no mercado de trabalho. Os trabalhadores precisam desenvolver também a capacidade de se adaptar de acordo com as mudanças contínuas do processo produtivo. Devem, portanto, adquirir diferentes habilidades e capacidades que possibilitem modificar continuamente suas atividades. O capitalismo compreendeu, então, que, ao invés de se limitar a explorar apenas a força de trabalho muscular dos trabalhadores, limitando-os de qualquer iniciativa e mantendo-os enclausurados nos moldes estritos do taylorismo e do fordismo, podiam multiplicar seu lucro explorando-lhes a