A questão palestina: articulações entre os conflitos árabes - israelenses e o imperialismo ocidental.
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
A Questão Palestina: articulações entre os Conflitos Árabes - Israelenses e o Imperialismo Ocidental.
Trabalho apresentado à disciplina História Contemporânea, ministrada pela professora Dra. Christiane Figueiredo Pagano de Mello.
Miryah Maia Lemos
Mariana
2010
INTRODUÇÃO
“A Palestina é nossa inolvidável pátria histórica. Esse nome por si só seria um toque de reunir poderosamente empolgante para o nosso povo”. (HERZL, 1954; 67)
A citação acima se refere ao livro do escritor austríaco, de origem judaica, Theodor Herzl, o fundador do Movimento Sionista em 1896. Tal movimento defendia o direito a autodeterminação do povo judeu e a existência de um Estado judaico, no antigo lar dos hebreus. A partir do sionismo iniciam-se as imigrações de judeus para a Palestina, que em primeiro momento não foram mal vistas pela população local. O conflito na Palestina, efetivamente, existe desde que se deu a criação do Estado de Israel, em 1948. Essa guerra, que prossegue até os dias atuais, envolve questões religiosas, políticas, culturais e econômicas. A instabilidade na Palestina passa a interessar diretamente às potências ocidentais, na medida em que os países árabes exportadores de petróleo podem se utilizar do boicote à venda deste para o ocidente, como forma de pressão nas negociações. Isto ocorreu mais enfaticamente no ano de 1973, que como conseqüência se deu a primeira Crise Mundial do Petróleo. Na Palestina, a formação do Estado de Israel foi, mesmo que se afirme ingenuamente ter sido involuntário, patrocinado pela Grã-Bretanha, que autorizou a Agência Judaica[1] a financiar uma imigração em massa até 1939, quando, procurando amenizar a situação instável criada na Palestina, limitou a imigração