A pré-história da segurança do trabalho
O trabalho foi uma atividade incorporada à própria existência do ser humano; todavia, a preocupação em controlar os malefícios causados ao homem pelo trabalho é bem recente.
Alguns estudiosos dedicaram-se ao assunto a partir de 1500. Dentre eles, podemos citar George Bauer que, em 1556, publicou um livro sobre as principais doenças e acidentes de que eram vítimas os mineiros e fundidores de ouro e prata. Abordou com destaque uma doença a que chamou “asma do mineiros”causada pelo pó das minas. Hoje, sabe-se que essa doença tem o nome genérico de pneu-moconiose e que é causada pelo depósito de poeira nas paredes do pulmão.
Em 1567, foi elaborada uma monografia sobre a relação entre trabalho e doença, na qual descreveu as características de doenças típicas de trabalhadores que se utilizavam de determinados métodos ou substâncias, destacando a intoxicação por mercúrio.
Posteriormente, em 1700, o médico italiano no Bernadino Ramazzini, hoje considerado pai da Medicina do Trabalho, editou um livro chamado: De Morbis Artificum Diatriba, no qual descrevia com precisão uma série de doenças, relacionando-as ao exercício de determinadas profissões. Ramazzini conseguiu esse feito simplesmente porque, ao entrevistar seus pacientes, perguntava-lhes: - Qual é a sua ocupação?
Todos esses estudos, entretanto, foram ignorados durante muito tempo e não produziram melhorias nas condições de trabalho até a era industrial.
A segurança e a saúde do trabalhador
“O direito de viver e trabalhar em um meio ambiente sadio deve ser considerado como um dos direitos fundamentais do homem”...
(Carta de Brasília,25/08/71,VIIReunião do Conselho da União Internacional dos Magistrados)
Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com os acidentes e doenças relacionadas com o trabalho. Já no séc. IV a. C., faziam-se referências à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos.
Mas foi com a Revolução Industrial ocorrida na