a prática argumentativa: precisamos de um ideal regulativo capaz de distinguir uma justificação real de uma ideal?
Centro de Estudos do Pragmatismo – Programa de Estudos Pós -Graduados em Filosofia - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
São Paulo, Volume 3, Número 1, p. 010- 019, TEXTO 02/3.1, janeiro/junho, 2006
Disponível em
A prática argumentativa: precisamos de um ideal regulativo capaz de distinguir uma justificação real de uma ideal?
Marco Antônio Sousa Alves
Faculdade Milton Campos e das Faculdades Promove marcofilosofia@yahoo.com.br Resumo: A comunicação portará sobre a problemática da justificação e da idealização da argumentação.
O estudo recairá sobre quatro pensadores (Charles Sanders Peirce, Karl-Otto Apel, Jürgen Habermas e
Richard Rorty) e analisará os seguintes pontos: (a) como Peirce chega à idéia de uma comunidade indefinida de investigadores a partir de uma transformação semiótico-pragmática da lógica transcendental kantiana; (b) como Apel inclui a problemática hermenêutica nessa questão e desenvolve a idéia de uma comunidade ideal de comunicação a partir de uma reflexão transcendental acerca de nossa capacidade argumentativa; (c) como Habermas mitiga o transcendentalismo apriorista de Apel na sua versão de uma situação ideal de fala, desenvolvendo um estudo reconstrutivo “semi-transcendental” e dando maior importância ao mundo da vida e à consciência falibilista; e, por fim, (d) como o neopragmatismo de Rorty se opõe a esses grandes ideais regulativos e propõe uma cuidadosa idealização fraca das condições de justificação, entendida em termos etnocêntricos. O objetivo dessa análise é permitir uma avaliação mais acurada dos argumentos dados a favor ou contra a necessidade de um ideal regulativo capaz de distinguir uma justificação real de uma ideal.
Palavras-chave: Ideal argumentativo. Justificação ideal. Peirce. Apel. Habermas. Rorty.
The argumentative practice: do we need a regulative ideal capable of distinguishing between a real and an ideal justification?
Abstract: