A prematuridade é um dos grandes problemas de saúde pública, contribuindo com elevados números para a mortalidade infantil e para a invalidez, principalmente em países em desenvolvimento. Conceituamos o prematuro ou pré-termo como aquele que nasce com menos de 37 semanas de gestação. A incidência da prematuridade é variável conforme a raça e as condições sócio-econômicas. Em 1970, a Holanda apresentava uma incidência de prematuros de 4,0% dos nascimentos; em 1977, a América do Sul apresentava 25,0%; em 1980, a França apresentava 8,0%; em 1985, a Unidade de Recém-Nascidos da Maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, apresentava 10,7% e a Unidade de Recém-Nascidos da Maternidade do Hospital Universitário da USP apresentava 7,8%. A morbidade é elevada em função da imaturidade anatômica e fisiológica e da grande incidência de más formações tais como mongolismo, cardiopatias, etc. As principais patologias que afetam o recém-nascido prétermo são: as hemorragias intra-cranianas, particularmente a intraventricular, decorrentes da anoxia, da fragilidade capilar e da permeabilidade capilar aumentada; a insuficiência respiratória, em especial, a síndrome do desconforto respiratório idiopático; A mortalidade é elevada e é função das condições de nascimento e dos cuidados subseqüentes. Ela não está diminuindo. O obituario materno, diminuiu, porém, as perdas fetais diminuíram pouco; logo, a assistência materno-infantil contínua precária. A mortalidade neonatal contribui com cerca de 40% da mortalidade infantil. Dados de 1984 nos mostraram que os E.U.A. reduziram a mortalidade de prematuros de 54% e a América Latina, de 33%, o que mostra uma defasagem de 20 anos. Em nosso país, em 1984, morreram prematuros, três vezes mais que recém-nascidos de termo e, dos sobreviventes, 30 a 40% morreram no primeiro ano. O Centro Latino Americano de Perinatologia e Desenvolvimento Humano da OMS em 1984, revelou ser a mortalidade de prematuros extremos (com menos