A política como vocação

1988 palavras 8 páginas
Relações Internacionais

Max Weber
Ciência e política: duas vocações

A política como vocação

“Sociologicamente, o Estado não se deixa definir por seus fins. Em verdades, quase que nao existe uma tarefa de que um agrupamento político qualquer nao se haja ocupado alguma vez; de outro lado, não é possivel referir tarefas das quais se possam dizer que tenham sempre sido atribuídas, com exclusividade, aos agrupamentos políticos hoje chamdos Estado moderno. Sociologicamente, o Estado não se deixa definir a não ser pelo específico meio que lhe é peculiar, tal como e peculiar a todo outro agrupamento político, ou seja, o uso da coação fisica”. (p.55 / p.56)
“‘Todo Estado se funda na força’, disse um dia Trotky a Brest-Litovsk. E isso é verdade. Se só existissem estruturas sociais de que a violência estivesse ausente, o conceito de Estado teria também desaparecido e apenas subsistiria o que, no sentido próprio da palavra, se denomina ‘anarquia’. A violência não é, evidentemente, o único instrumento de que se vale o Estado – não haja a respeito qualquer dúvida -, mas é seu instrumento específico. Em nossos dias, a relação entre o Estado e a violÊncia é particulamente íntima. Em todos os tempos, os agrupamentos políticos mais diversos – a começar pela família – recorreram à violência física, tendo-a como instrumento normal de poder”. (p.56)
“(...) o Estado se transforma, portanto, na única fonte do ‘direito’ à violência”. (p.56)
“Todo homem, que se entrega à política, aspira ao poder – seja porque o considere como instrumento a serviço da consecução de ouros fins, ideiais ou egoístas, seja porque deseje o poder ‘pelo poder’, para gozar do sentimento de prestígio que ele confere”. (p.57)
“(...) o Estado consiste em relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legitima (isto é, da violência considerada como legítima). O Estado só pode existir, portanto, sob condição de que os homens dominados se

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