A organização das nações unidas no quadro da futura sociedade política mundial
A aproximação física de todos os povos no espaço terrestre representou o efeito inevitável do adensamento demográfico na superfície esférica do planeta. E se tornou possível graças a aquisição pela espécie humana em matéria de veículos de transporte e de armamentos.
No mito grego da criação do mundo, os homens embora munidos de habilidades técnicas, revelaram-se incapazes de conviver harmonicamente, pois ignoravam a arte política. Zeus então temeu pela sobrevivência humana, ocupados em se destruírem, e enviou Hermes para atribuir o sentimento de justiça e respeito uns com os outros.
Essa lembrança é oportuna quando nos referimos as relações internacionais, já que agora o drama não é só conflitos bélicos, temos novos e mais graves desafios, que dizem respeito a destruição da própria biosfera.
É nessa macroperspectiva que se deve refletir sobre o futuro da ONU.
O PROCESSO CONSTITUTIVO DA ONU
A carta do Atlântico e a Declaração das Nações Unidas
As ideias germinais da organização encontra-se na mensagem sobre o estado da União dirigida por Roosevelt ao Congresso norte-americano em 1941, bem como na chamada Carta do Atlantico, assinada por ele e pelo Primeiro-Ministro britânico Churchill.
Na carta, declararam que o objetivo comum a seus países, na guerra em curso, era o respeito pelo direito de todos os povos de escolher sua própria forma de governo, e lutar pela restauração dos direitos soberanos e de autogoverno. Obrigavam-se a promover o igual acesso de todos os Estados ao comércio mundial e ao suprimento de matérias-primas, e promover o progresso econômico e a previdência social. Procurar estabelecer uma situação de paz após a “tirania nazista”, em que todas as nações pudessem viver com segurança dentro de suas fronteiras.
Em 1942, assinaram a declaração das Nações Unidas (URSS, EUA, USA e CH)
A conferência de Teerã
A primeira etapa da preparação concreta do