a nação como novidade:da revolução ao liberalismo
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NO SÉCULO XVIII
Estudo sobre os primórdios da grande indústria moderna na Inglaterra
CAPÍTULO III
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A CLASSE OPERÁRIA
Esse capitulo do livro de Paul Mantoux trata questões não só relacionadas ao aparecimento do maquinismo nas fabricas, como também sobre o que estava do lado dela e em volta dela. Iniciando uma abordagem sobre a questão do pensamento do proletário em relação às maquinas, que as viam como serias concorrentes capazes de lhes substituir privando-os de seus meios de sobrevivência. Por conta disso no texto são relatados vários episódios em que como meio de impedir o progresso, os proletários se revoltam em vão, até com os inventores, e passam a destruir violentamente o que lhes ameaçava, não escapando nem o que elas produziam, nem suas ferramentas, enfrentando ate a classe dos manufatureiros, interessados na manutenção e ampliação do maquinismo. Muito embora, as revoltas contra as maquinas na segunda metade do século XVIII tinha sido de maneira diferente, após uma lei decretada para reprimi-las em 1769, na qual os que fossem pegos e acusados eram sentenciados a pena de morte.
No entanto isso não foi suficiente para impedir os revoltosos, que só aumentavam formando turbas, à medida que o maquinismo se desenvolvia numa região. Enfrentando todos que se colocassem à frente tentando impedir a destruição. A opinião publica era tolerante com eles, a classe media se mostrava quase tão hostis às maquinas quanto à própria classe operaria, temendo que a queda dos salários fosse compensada com aumento dos impostos.
Mesmo com as inúmeras insurreições locais e as diligencias junto ao inútil parlamento para que providências fossem tomadas, o crescimento do maquinário era inevitável, que ao crescer gradualmente, dissipa os temores que se consolida, sem modificar a condição dos operários, nem diminuir seu numero. Mostrando que todas as oposições ao avanço, não fora melhor maneira de se resolver a