A mulher no mundo desenvolvido
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Embora a situação actual da mulher, no mundo desenvolvido, tenda para uma paridade em relação ao homem, existe ainda um longo caminho a percorrer para que a igualdade de oportunidades e de direitos possam constituir uma realidade efectiva. As características consideradas mais de mulheres ou homens, acabam por condicionar uns e outros nas suas escolhas profissionais, ou seja, se a mulher tem que vencer maior número de obstáculos ao querer entrar em profissões ou níveis de uma profissão mais do domínio masculino, os homens não deixam de sentir o peso dos estereótipos, embora de modo diferente. Um homem que escolha ser educador de infância, por exemplo (onde a percentagem de mulheres ronda o 100%), irá sentir, provavelmente, algumas dificuldades atendendo a que o cuidar de crianças pequenas, ao nível do senso comum, está associado a tarefas femininas. O homem foi educado para as actividades fora do lar, para a competição e para ser um vencedor na sociedade a que pertence, o que equivale a dizer que um educador de infância fugiu ao estereótipo masculino na medida que em que escolheu uma profissão de mulheres que não o prestigia, aos olhos de uma sociedade carregada de estereótipia (já em crianças e adolescentes é ofensivo serem comparados com meninas), a não ser que consiga um lugar num órgão de direcção no próprio local onde trabalha o que, certamente, não lhe será muito difícil pelos motivos apontados anteriormente.
Para as mulheres, apesar de terem desaparecido algumas barreiras formais, tornar-se-á muito mais complicado atingirem lugares de destaque, competindo ao lado dos homens, em profissões ou níveis da mesma profissão onde estes predominam.
No estudo feito por Ligia Amâncio e Patrícia Ávila (1995:149) os professores universitários afirmaram, em maior número, trabalharem entre oito a doze horas nas actividades académicas, enquanto que as professoras admitem, maioritariamente, trabalharem, na profissão, oito horas ou menos por dia, o que nos leva a crer que