A migração e a qualidade de vida do povo nordestino
Em busca de melhores condições de vida os retirantes partem para o sudeste do Brasil, onde há grande industrialização, mercado e oferta de emprego. A seca, miséria e a escassez constituem os principais fatores da migração, acelerando-a.
Há algumas décadas, dos nordestinos que chegassem à São Paulo e Rio de Janeiro, boa parte conseguia empregos bons e boas casas. Entretanto, atualmente isso é raro devido à exigência de profissionalismo para os empregos, e a superlotação das cidades...
Muitos dos quis chegam ao sudeste não alcançam uma boa qualidade de vida. Desempenham trabalhos braçais e domésticos de baixa remuneração, para sustentar, por vezes, famílias numerosas obrigando-as morar em favelas sob condições piores e mais perigosas, talvez, do que nas suas cidades de origem. Os que não conseguem emprego fazem das ruas suas casas, pedem esmolas.
Existem cidades nordestinas que poderiam conter a população emigrante das secas, como: Recife, Salvador e Fortaleza. Mas elas não possuem o forte atrativo que há no Rio de Janeiro e em São Paulo, pois não são igualmente industrializadas e têm, generalizadamente, infraestrutura inferior.
Há esperança apesar da seca. Com o auxílio mútuo da sociedade e dos governos municipais, estaduais e federal, cada cidade pode ser transformada. A sociedade deve estar atenta á escolher bem os candidatos e cobrar dos mesmos. Os governos devem conceder à população os melhores serviços em relação à saúde, educação, transporte, saneamento, infraestrutura... O que não é impossível.
Afinal, o dinheiro dos impostos não deve ser escoado em obras que beneficiem à própria população? Uma nação que paga entre os impostos mais caros não deveria receber os melhores serviços?