A Megera Domada
DE WILLIAN SHAKESPEARE
William Shakespeare foi um poeta e dramaturgo, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo"). De acordo com Anna Stegh Camati:
Jan Kott, o crítico polonês que revolucionou os estudos shakespearianos em 1965, observou, em Shakespeare, nosso contemporâneo (2003), que o dramaturgo inglês nos interessa ainda hoje, porque ele continua sendo atual, e o crítico marxista, Terry Eagleton, em Marxismo e a crítica literária (1976), asseverou que é difícil confinar Shakespeare à época em que viveu, uma vez que é possível estabelecer um diálogo entre sua obra e diversos pensadores da contemporaneidade, entre eles Sigmund Freud (1856-1939), Henri Bergson (1859-1941), Jacques Lacan (1901-1981), Gilles Deleuze (1925-1995), Michel Foucault (1926-1984), Jacques Derrida (1930-2004), e muitos outros. (CAMATI, 2011, p. 1)
De suas obras, restaram-nos até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos e diversos outros poemas. Suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo e são encenadas mais do que qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com frequência pela dramaturgia, televisão, cinema e literatura.
Entre suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão). Assim, também se destacam suas comédias, como, por exemplo, Megera domada, que discute, dentre outras questões, o lugar da mulher na sociedade de sua época.
Assim, o objetivo deste estudo é verificar como está representada, em Megera domada, obra ligada às primeiras