A investigação em serviço social
Como preparar sementes de chia
Sandra Guimarães
Faz muito tempo que quero falar sobre sementes de chia aqui, mas não conseguia me decidir se era uma boa ou má idéia. Muita gente acha que comida vegana é diferente, exótica, cara e difícil de encontrar (o que chamo de “comida esotérica”) e falar desse alimento que pouca gente conhece só reforçaria esse mito. Mas, por outro lado, eu gosto de mostrar a imensa variedade de produtos que a natureza nos oferece, o que ajuda a acabar com um outro mito, o de que veganos não podem comer nada. Antes de começar a falar desse super alimento, que está na moda em alguns países do hemisfério norte, gostaria de avisar que feijão com arroz também é vegano e que ninguém precisa de comida esotérica pra adotar uma dieta 100% vegetal.
Chia é uma planta (seu nome botânico é salvia hispanica) cultivada há muitos séculos no sul do México. Os Maias e os Astecas eram grandes apreciadores das sementes de chia, que além de ocupar uma parte importante de sua alimentação (parece que depois do milho e do feijão, era o vegetal mais consumido), também era usado como moeda. Elas ficaram confinadas lá no México, onde nunca deixaram de ser cultivadas, até o pessoal natureba descobrir, alguns anos atrás, que semente de chia é um dos alimentos mais completos, nutritivos e funcionais que existe. Além de extremamente ricas em fibras, elas são uma proteína completa, têm o dobro de potássio que a banana, três vezes mais antioxidantes que mirtilo (blueberry), seis vezes mais cálcio que leite e oito vezes mais ômegra 3 que salmão.
As sementes são minúsculas, menores que um grão de arroz...
...e muito menores que um feijão.
A chia, assim como a linhaça, é uma semente mucilaginosa, ou seja, em contato com líquidos se transforma em gel (graças ao grande teor em fibras), o que diminui a velocidade em que o organismo assimila os açúcares (carboidrato também