A intertextualidade presente no teatro de Gil Vicente e Ariano Suassuna
MARIA JOSÉ PINTO DE CARVALHO
IFB
RESUMO:
Os livros abordados são exemplos da tradição cultural (da literatura portuguesa), que nós conhecemos como auto, ou seja, uma modalidade presente no teatro medieval que aborda principalmente assuntos de cunho religiosos. Neste trabalho será estudado a intertextualidade das obras de Gil Vicente e Ariano Suassuna a fim de revelar as semelhanças que existem entre elas. Baseado em pressupostos de teóricos como: DaMatta, Bakthin pretende-se abordar a carnavalização e a figura do malandro presente nos autos.
PALAVRAS – CHAVE: Auto, intertextualidade, análise
Análise comparada entre as obras:
Na idade média, as produções textuais costumavam ser apresentadas no pátio das igrejas e mosteiros, mas com o passar do tempo essas produções adquiriram um valor maior e passaram a ser centro de movimentação cultural e então as peças começam a ter os mais variados temas, pois a atividade teatral ganha força. Foi na fase do humanismo que surgiu um grande nome do teatro em Portugal chamado Gil Vicente autor de aproximadamente 44 peças que devido a seu sucesso mais tarde o tornaria conhecido como o “pai do teatro português”. Suas peças abordavam temas de caráter moralizante, tendo como sua principal referência a igreja católica para a identificação dos erros e virtudes do ser humano, um exemplo disso é a sua obra O Auto da Barca do Inferno que trata o comportamento humano com humor e crítica através do teatro. No Brasil também houve um grande ícone na produção teatral da idade média que foi Ariano Suassuna. Sua obra O auto da compadecida é um grande exemplo de seu trabalho, que traduzia através do teatro historias folclóricas intimamente associadas a manifestações religiosas. As duas obras são exemplos da tradição da cultura portuguesa, ambas são humanistas e apresentam o pensamento da época em que foram escritas, O Auto da Barca do Inferno foi criada por pelo