A influencia da midia na ginastica
CORPOLATRIA E NA MORAL DA APARÊNCIA NA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
1. Beleza e Culto ao Corpo na Contemporaneidade: um breve histórico
O fenômeno do culto ao corpo na contemporaneidade emerge, no Brasil, a partir da década de 1920, com a chegada do cinema, crucial na formulação de um ideal físico.
No fim dessa mesma década, segundo Featherstone (1993), sob o impacto das indústrias de cosmético, da moda, da publicidade e de Hollywood, mulheres aderem ao uso de maquiagens e passam a valorizar o corpo magro. Nesse mesmo período, ocorre o advento da dieta como forma de controle pessoal do peso. Emerge daí a necessidade de os indivíduos tomarem para si a responsabilidade de desenhar o seu próprio corpo, como forma de definir a sua identidade e o projeto do self (CASTRO, 2003).
Nos anos 1950, surgem as férias remuneradas e a popularização do acesso às praias, que imporão um novo conceito de férias de verão, em que a exposição do corpo torna-se central. No fim da Segunda Guerra, o aparecimento da tevê e da publicidade traz mudanças consideráveis nos comportamentos e hábitos no que diz respeito ao cuidado com o corpo, higiene, saúde e beleza (CASTRO, 2003). Ocorre ainda, impulsionada pelo cinema e pela difusão da mídia de massa, a democratização da moda no pós-guerra, sustentada e estimulada pela nova cultura hedonista de massa, elevação do nível de vida, cultura do lazer e bem-estar. Conforme observa Lipovetsky:
Após a Segunda Guerra Mundial, o desejo de moda expandiu-se com força, tornou-se um fenômeno geral, que diz respeito a todas as camadas da sociedade [...] os signos efêmeros e estéticos da moda deixaram de aparecer, nas classes populares, como um fenômeno inacessível reservado aos outros: tornaram-se uma exigência de massa, um cenário de vida decorrente de uma sociedade que sacraliza a mudança, o prazer, as novidades (LIPOVETSKY,
1999: 115).
Nos anos 1960