a importância do desenvolvimento afetivo
No Dicionário Aurélio (2010), o verbete afetividade está definido como sendo um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza. Ela exerce um papel fundamental nas relações afetivas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a memória, o pensamento, a vontade e as ações, e ser, assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana.A afetividade refere-se à capacidade, à disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo e interno por meio de sensações ligadas a tonalidades agradáveis ou desagradáveis. Ser afetado é reagir com atividades internas/externas que a situação desperta. Henri Wallon (1992) foi um autor que contribuiu efetivamente para a compreensão do papel da afetividade na vida psíquica e no processo de ensino-aprendizagem em sua teoria do desenvolvimento humano.
O que permite à inteligência essa transferência do plano motor para o plano especulativo não é evidentemente explicável no desenvolvimento do indivíduo (...) mas nele pode ser identificada [a transferência] (...) são as aptidões da espécie que estão em jogo, em especial as que fazem do homem um ser essencialmente social. (Wallon, 1995, p.131) A teoria de Wallon (1992) aponta três momentos marcantes, sucessivos, na evolução da afetividade: emoção, sentimento e paixão. Os três resultam de fatores orgânicos e sociais, e correspondem a configurações diferentes e resultantes de sua integração: na emoção, há o predomínio da ativação fisiológica; no sentimento, da ativação representacional; na paixão, da ativação do autocontrole. A emoção é a exteriorização da afetividade, é sua expressão corporal, motora. Tem um poder plástico, expressivo, contagioso; é o recurso de ligação entre o orgânico e o social: