A importância da ginástica na dança, na luta e no yoga
No início do século XX, os métodos ginásticos europeus já haviam chegado ao Brasil com toda força, com as mesmas finalidades de seus países de origem qual seja: disciplinar corpos para o trabalho em fábricas, melhoria da saúde (higienização) e melhoramento da raça (eugenização).
Dentro desta concepção de ginástica, provinda da instituição militar, aparecem as primeiras propostas de transformar a Capoeira (luta) em ginástica nacional.
A luta, que era apenas uma modalidade esportiva, hoje em dia passa a ser um método de alcançar qualidade de vida, condicionamento físico e beleza estética nas próprias academias de ginástica. O que vemos, é a luta como forma de ginástica: jiu-jitsu, boxe, krav-maga, etc. E a ginástica em forma de luta (exercícios de maneira adaptada): aeroboxe, body combat, body attack, e outros.
(“) Na luta incessante das academias por novos alunos, tão vigorosa quanto a luta incessante dos alunos por menos quilos, a estrela do momento são as ginásticas inspiradas em artes marciais, num misto de golpes de combate com pulinhos e requebros sem um pingo de violência – a não ser, claro, a do gordinho contra a própria barriga. A última novidade é o chuta-esmurra (o ar) do body combat, que acaba de chegar ao Brasil e deve ser oferecido em mais de 600 academias até o meio do ano. Criado na Nova Zelândia, o programa mistura movimentos de caratê, boxe, tae-kwon-do e tai chi chuan ao ritmo de aeróbica e a tudo a que ela tem direito: música alta e um professor gritando na frente da turma. "As artes marciais animam as aulas", acredita Paulo Akiau, professor de educação física e diretor da empresa que representa o body combat no Brasil. "A maioria das pessoas resiste a cumprir um programa regular de exercícios", diz Andréa Vidal, diretora técnica da academia paulista Runner. "São as novas técnicas que as atraem e estimulam." (“)
Rachel Campello (Revista Veja – 01/03/2000)
A Luta acaba perdendo o estigma de violenta e, passa a ser