A Import Ncia Dos Espa Os Verdes Urbanos
O conceito de espaço verde urbano e respectivas funções sofreram profundas alterações ao longo do tempo, sendo actualmente aceites de forma unânime os seus múltiplos papéis de fundamental importância para o bem-estar da população urbana.
A necessidade de espaços verdes urbanos é uma das consequências da evolução que as cidades têm sofrido ao longo do tempo.
Foi a partir da era industrial, com o êxodo da população rural para a cidade, que surgiu o conceito de “espaço verde urbano”, como espaço que tinha por objectivo recriar a presença da natureza no meio urbano. No século XIX os espaços verdes funcionavam como locais de encontro, de estadia ou de passeio público.
Nas cidades mais industrializadas surge, posteriormente, o conceito de “pulmão verde”, ou seja, o de espaço verde com dimensão suficiente para produzir o oxigénio necessário à compensação das atmosferas poluídas. Foi à luz deste conceito que surgiu o Parque de Monsanto, em Lisboa. Mais tarde, este conceito evoluiu para o de “cintura verde” a rodear a “cidade antiga”, separando-a da “zona de expansão”.
No início do século XX surgiu a teoria do continuum naturale, baseada na necessidade da paisagem natural penetrar na cidade de modo tentacular e contínuo, assumindo diversas formas e funções: espaço de lazer e recreio; enquadramento de infra-estruturas e edifícios; espaço de produção de frescos agrícolas e de integração de linhas ou cursos de água com os seus leitos de cheia e cabeceiras. Este objectivo é realizado quer através da criação de novos espaços, quer da recuperação dos existentes, e da sua ligação através de “corredores verdes”, integrando caminhos de peões e vias.
É esta a lógica que ainda hoje se mantém. Os espaços verdes urbanos, quer públicos quer privados, assumem uma crescente importância nas políticas regionais e municipais, procurando-se uma lógica de contínuo vivificador de todo o tecido urbano e de ligação ao espaço rural envolvente.
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