A historia perdida

Analisando o texto a partir do pensamento de Rugowski, podemos separar os atores envolvidos em dois grupos, os que apoiam o caráter de liberalização comercial da agricultura brasileira na Rodada Doha e os que apoiam um maior protecionismo do Brasil na Rodada Doha. O primeiro grupo, dos que apoiam a liberalização do comércio, é composto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (MAPA), o Instituto de Estudos do Comércio e das Negociações Internacionais (ICONE) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) . O segundo grupo, dos que apoiam uma posição mais defensiva, é composto pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), O outro ator também envolvido no processo é o Ministério das Relações Internacionais, porém esse ator não se encaixa em nenhum dos dois grupos, ele buscava conseguir o consenso entre os dois grupos, pois além dos constrangimentos internos, o MRE também era constrangido por fatores externos, em especial a posição que o Brasil adotava dentro do G20 e das negociações da OMC.
A base do modelo do Rogowsli está no teorema Stolper-Samuelson, que é um modelo que vai avançar no modelo das vantagens comparativas do David Ricardo porque o fator produtivo considerado por David Ricardo foi o trabalho. O Stolper-Samuelson, além de usar o trabalho como fator produtivo, já usado por David Ricardo, ele usa também o capital. A ideia desse teorema Stolper-Samuelson é quando tenho mobilidade de fatores de produção (capital e trabalho) entre os diversos setores da economia, qualquer aumento no protecionismo econômico gera um aumento na remuneração dos fatores de produção escassos naquele país.
A partir do teorema do Stolper-Samuelson a ideia do Rogowski era minimamente tentar prever as coalizões e clivagens politicas que refletiriam as preferencia comerciais. Aqui a ideia é de que atores que tenham a mesma preferencia, que querem maior exposição ao comercio ou