A felicidade
Todo mundo quer ser feliz. Isso é ponto pacífico. No entanto, o que é a felicidade? A resposta a essa questão é certamente matéria de muita discussão e controvérsia. Para uns a felicidade está na buscar do prazer. Para outros, o prazer tem como consequência a instabilidade, a dor e o sofrimento. Por isso, o ideal seria não dar asas às paixões e controlá-las.
Também há quem pense que a perfeita felicidade só se encontra numa vida futura, que deve existir após deixarmos este "vale de lágrimas". Para outros, ainda, não é a felicidade que conta, o que importa é agir conforme o dever, ainda que isso exija muito desgosto.
Essas questões - que qualquer pessoa sempre acaba se colocando algumas vezes, de um modo ou de outro - também têm sido preocupação de muitos filósofos, através dos tempos.
Para o filósofo Aristóteles (384-322 a. C), todas as atividades humanas aspiram a algum bem, dentre os quais o maior é a felicidade. Segundo esse filósofo, entretanto, a felicidade não consiste em prazeres ou riquezas. Aristóteles considerava que o pensar é aquilo que mais caracteriza o homem, concluindo daí que a felicidade consiste numa atividade da alma que esteja de acordo com a razão.
A filosofia do prazer
Já os adeptos do hedonismo (do grego "hedoné" = "prazer"), acreditavam que o bem se encontra no prazer. No entanto, convém esclarecer que o principal representante do hedonismo grego, no século 3 a.C., o filósofo Epicuro, considerava que os prazeres do corpo são causa de ansiedade e sofrimento. Segundo ele, para a alma permanecer imperturbável, é preciso desprezar os prazeres materiais privilegiando-se os prazeres espirituais.
Genericamente, pode-se dizer que a nossa civilização contemporânea é hedonista, pois identifica a felicidade com o prazer, obtido principalmente pela aquisição de bens de consumo: ter uma bela casa, carro, boas roupas, boa comida, múltiplas experiências sexuais sem compromisso, etc. E, também, na dificuldade