a demanda de santo graal

A DEMANDA DO SANTO GRAAL
2002
SINOPSE
Prosa medieval portuguesa mais antiga. Busca do Santo Graal. Galaaz, o puro dos puros, herói central de uma obra com forte doutrina religiosa. Amor e combate: molas mestras dessa novela mística, simbólica, fascinante e encantadora.
Dedicamos este trabalho à querida professora de Literatura Portuguesa: Maria José, que nos confiou a realização deste.
"A Demanda do Santo Graal desperta um certo magnetismo, uma espécie de magia que atrai e seduz".
(Heitor Megale)
INTRODUÇÃO
A prosa, na época do trovadorismo, é representada pelas novelas de cavalaria, os livros de linhagens, as hagiografias e cronicões. Os livros de linhagens eram listas de nomes estabelecendo nexos genealógicos entre famílias fidalgas. Os cronicões, não raro escritos em Latim, apresentam escasso valor literário, embora constituam os primeiros documentos historiográficos em Portugal. Menor ainda é a valia literária das hagiografias, também redigidas em Latim. No conjunto, apesar da existência de uma obra prima como A Demanda do Santo Graal, a produção prosística dessa época ofuscou-se pelo brilho da poesia trovadoresca.
Originárias da França e, remotamente da Inglaterra, as novelas de cavalaria resultaram da prosificação das canções de gesta (poemas medievais cantados em linguagem popular e que celebravam os feitos guerreiros). Organizavam-se em três ciclos: o ciclo bretão ou arturiano, em torno do rei Artur e os seus cavaleiros; o ciclo carolíngeo protagonizado por Carlos Magno e os doze pares de França; o ciclo clássico, de temas grego-latinos. Somente o ciclo bretão vingou em Portugal, através das narrativas vertidas do Francês. Delas restaram três espécies: a História de Merlim, o José de Arimatéia e A Demanda do Santo Graal. Da primeira ficou unicamente a tradução espanhola, baseada na portuguesa que se perdeu. O José de Arimatéia (ms. n.º 634 da Torre do Tombo) foi publicado em 1967.
As origens da lenda do Graal se perdem no século VI d.C. entre