A corrente tecnologica e escola nova
Essa corrente corresponde à concepção que tem sido designada de neotecnicismo e está associada a uma pedagogia ao serviço da formação para o sistema produtivo. Pressupõe a formulação de objectivos e conteúdos, padrões de desempenho, competências e habilidades com base em critérios científicos e técnicos. Diferentemente do cunho académico da pedagogia tradicional, a corrente racional-tecnológica busca seu fundamento na racionalidade técnica e instrumental, visando a desenvolver habilidades e destrezas para formar o técnico. Metodologicamente, caracteriza-se pela introdução de técnicas mais refinadas de transmissão de conhecimentos incluindo os computadores, etc. Uma derivação dessa concepção é o currículo por competências, na perspectiva economicista, em que a organização curricular resulta de objectivos assentados em habilidades e destrezas a serem dominados pelos alunos no percurso de formação.
Apresenta-se sob duas modalidades: A. Ensino de excelência, para formar a elite intelectual e técnica para o sistema produtivo; B. Ensino para for mação de mão-de-obra intermediária, centrada na educação utilitária e eficaz para o mercado. Outros traços dessa corrente: centralidade no conhecimento em função da sociedade tecnológica, transformação da educação em ciência (racionalidade científica), produção do aluno como um ser tecnológico (versão tecnicista do “aprender a aprender”),utilização mais intensiva dos meios de comunicação e informação e do aparato tecnológico.
Escola Nova é um movimento de renovação do ensino que foi especialmente forte na Europa, na América do Norte e no Brasil.
Defende que as escolas deviam deixar de ser meros locais de transmissão de conhecimentos e tornar-se pequenas comunidades.
No excerto que se segue Lourenço Filho faz uma pequena caracterização da Escola Nova:
"As classes deixavam de ser locais onde os alunos estivessem sempre em silêncio, ou sem qualquer comunicação entre si, para se