A abordagem Construtivista de Jean Piaget
Piaget propõe uma nova visão acerca da aquisição de conhecimentos. Em seus novos estudos, ele tenta desvendar as estruturas lógicas do indivíduo na questão da sua não passividade, pois o mesmo reconstrói o que assimila. Só assim se compreende os processos de aprendizagem e desenvolvimento.
A construção do conhecimento se dá na interação do sujeito com os objetos, idéias, relações interpessoais etc. A Epistemologia Genética se propõe a entender essa construção. Para ele, a aprendizagem se dá por processos de desequilibração e equilibração contínuas, através da adaptação e readaptação das estruturas cognitivas, num processo de assimilação e acomodação.
Pela assimilação os objetos são incorporados aos esquemas de ação do sujeito. Desse processo resultam alterações na própria organização mental do indivíduo, que se modifica em decorrência do esforço assimilador para proceder a novas assimilações. A essa modificação Piaget chama: acomodação dos esquemas. Da acomodação resultam novas estruturas que serão, então, as formas de organização da atividade mental, sob um duplo aspecto: motor ou intelectual, de uma parte, e afetivo, de outra.
Dessa forma, Piaget, divide o desenvolvimento em quatro estágios fundamentais:
I. Estágio Sensório-motor
Compreende o período pré-lingüístico, quando as ações da criança se baseiam no seu desenvolvimento perceptivo e motor, isto é, a criança percebe o ambiente e age sobre ele, tendo como referência o seu próprio corpo. Nessa fase, portanto, as ações do sujeito referem-se à própria realidade, mais especificamente relacionada aos objetos concretos, que ele pode manipular e sobre os quais pode realizar experiências, sendo orientadas pelo êxito das próprias ações, e não pela capacidade de proceder ao enunciado de verdades. Ao final deste período, a criança já construiu: a noção de permanência do objeto; a noção de espaço; a noção de causalidade; e a do tempo.
II. Estágio