Xavantes e o fogo

Como abordado no artigo, o controle do fogo feito pelo os indios da tribo Xavantes nao e feito de forma arbritaria nem de forma aleatoria, mas sim de uma forma controlada, em vista de poder manter um certo equilibrio do ecossistema, e buscar nesse meio um modo sustentavel de controle do fogo. O artigo foi dividido em duas partes, na primeira, indios foram entrevistados acerca de questoes que cercam os estudos da ecologia do fogo, e na segunda parte, foi utilizado os resultados obtidos na primeira etapa, para que entrevistas mais especificas fossem feitas.
Utilizou-se a metodologia de Análise de Conteúdo, sob a perspectiva de Bardin, para analisar os resultados das entrevistas. A partir da análise dos registros de campo, procurou-se estabelecer uma avaliação das atividades intelectuais e práticas dos Xavante em relação ao uso do fogo, tentando identificar padrões de manejo os quais pudessem ser base de comparacao com os resultados das pesquisas científicas em ecologia do fogo. Buscou-se por fim compreender a conexão existente entre os aspectos simbólicos, conceituais e de percepção da natureza e a prática de uso do fogo.
A proposta do autor é de fato interessante e com resultados impressionantes. A atividade de caçada com uso do fogo apresenta resultados semelhantes ao padrão tradicional de queima indígena relatado pela literatura. A atividade de caçada com uso do fogo, praticada pelos Xavante, integra um conjunto de conhecimentos e apresenta resultados que se assemelham ao padrão tradicional de queima indígena que tem sido relatado pela literatura. Dentre outros, destaca-se os seguintes aspectos: queima no início da estação seca, como forma de evitar queimadas mais intensas e de grandes extensões subsequentes; algumas queimas são realizadas na estação modal e tardia; há manutenção de determinadas áreas sem queima. Esses aspectos, por sua vez, apresentam elementos comuns ao conceito de mosaico de queima que tem sido proposto como estratégia de manejo do fogo