wallon

Outra forma de controle via avaliação e mediação é enfatizar o comportamento do aluno. Este se traduz como um instrumento poderoso de controle, pois o professor exige do aluno obediência às regras, como ficar quieto, prestando “atenção”, ou permanecer calado. A avaliação a partir dos valores e atitudes permite expor o aluno a reprimendas e comentários humilhantes. Aqui podemos falar de uma política emocional tal qual é colocada por Hargreaves (2004). Há emoções de exclusão social a exemplo do desgosto. O desgosto permite que se avalie aquilo que é aversivo ou não para determinado grupo. Gargalhadas, inquietação, levantar-se são vistos como inadequados e que muitas vezes recebe desaprovação por parte de professores. Conjuntamente com a avaliação do comportamento, a avaliação por valores e atitudes, se instala a lógica da submissão.

Muitas vezes a avaliação do rendimento escolar em algumas instituições não é usada corretamente pelos professores, pois não respeitam o ambiente no qual o aluno está inserido.Ainda, numa educação que prioriza o depósito de informações, onde um ensina e o outro aprende, os instrumentos de avaliação são utilizados apenas como medidores do conhecimento, e com isso afastam-se das características humanas, caracterizando-se como uma ferramenta de exclusão escolar e social.
Buscaremos fornecer subsídios para discussões referentes a compreensão da avaliação como processo contínuo de aprendizagem, ponderando as diferenças de cada aluno no processo ensino-aprendizagem, com respaldo teórico em autores consagrados, sensibilizando os atores do processo para essa situação-problema. Inseridos num paradigma sócio-crítico; Vygotsky, Piaget, Luckesi, Wallon, Aussubel, Esteban, Chalita, Libâneo e outros fundamentam este texto.
Como objetivo principal, buscamos valorar a afetividade como pressuposto básico para a aprendizagem e a sua eficácia na avaliação do rendimento escolar.
As escolas deveriam entender mais de seres