Voto facultativo
A primeira coisa que se deve discutir sobre esse assunto é que se torna o divisor de opiniões é quando se discute se o voto é um dever ou um direito do cidadão. Nosso grupo considera o voto como um direito que pertence ao povo, cabendo a ele decidir se quer exercê-lo ou não. O voto facultativo representa a liberdade de expressão colocada na constituição, é muito mais um direito subjetivo do que um direito cívico, pois esse direito deve inferir tanto a possibilidade de votar conforme a consciência determina como a vontade de não votar e não sofrer coerção estatal.
No voto facultativo temos um pleito mais informado, mais consciente e mais motivado, em sua maioria, do que na atual forma de eleição brasileira. Quando o eleitor comparece às urnas contra a sua vontade, só para se livrar das punições previstas pela lei, ele não está sendo um cidadão consciente; assim, ele poderá votar, muitas vezes, no primeiro nome que lhe sugerirem, votando em alguém que não conhece, não possui projetos concisos e que não poderiam ser efetivados ou a votar em branco, ou a anular o seu voto. O eleitor que realmente quer votar vai procurar se informar dos projetos do candidato, que tipo de trabalhos ele já fez, qual seu passado na política e se ele possui “ficha limpa”, fazendo com que candidatos como o deputado federal mais votado da história das eleições federais brasileiras, o Tiririca, e como o atualmente senador pelo estado do Alagoas e ex-presidente (o único a sofrer impeachment na história do Brasil) não se elejam com tamanha facilidade e tenhamos candidatos mais responsáveis e com melhores “condições” de assumir um cargo público.
Um dos grandes engados dos defensores do voto obrigatório é dizer que obrigar os cidadãos a votar trará maior evolução e engajamento político por parte do povo. Esse descaso e desinteresse da população brasileira se dão por causa da falta de fé nos políticos, que historicamente desviam bilhões de reais dos cofres