vigiar e punir

RESENHA
Vigiar e Punir: A História da Violência nas Prisões

Mariane Pizzi Viana

A obra Vigiar e Punir: História de Violência nas prisões, de Michel Foucault, relata o período histórico que marca a transição entre a utilização dos súplicios como medida efetiva de política criminal e a aplicação de sanções mais brandas, o que caracteriza hoje, o sistema penal.
A pimeira vista começamos ver claramente que as punições físicas como a tortura, esquartejamento, a forca, entre outras eram presentes e inevitáveis aos condenados. O castigo deveria servir de exemplo para a sociedade, mostrando exclusivamente a força do Estado perante as vítimas, ou seja, a soberania que este exercia perante os infratores, com o único intuito , o de manter o controle social. O suplício tem uma única razão, a utilização do Poder sobre o mais fraco. Os suplícios, assim chamados, os tratamentos de punição aos julgados culpados, obedeciam aos rituais mais detalhados e cerimoniosos que se possa imaginar. Os criminosos eram torturados, executavam trabalhos forçados, enclausurados, além da privação da plena liberdade, sofriam a redução alimentar, privação sexual, tortura física e a masmorra. Percorriam ruas, praças públicas, descalços, com a cabeça coberta, eram colocados nus ou ainda vestidos em camisolas. Sobre os seus corpos era derramado chumbo, óleo quente, eram amarrados e seus corpos puxados por quatro cavalos, tendo seus membros reduzidos e consumidos pelo fogo. Um verdadeiro teatro de horror, que levava a pior das mortes, tudo isso como pena de um crime, que muitas vezes não sofria o seu real julgamento. O certo é que para o erro, somente o suplício, a morte. Entre as mudanças que houveram, a principal foi o desaparecimento do Suplício, da pena física, do corpo como um alvo de tortura. O início do século XIX marcou o advento da prisão, como a pena mais utilizada interesse comum de todos, a liberdade. Afim de manter o controle social, a função da prisão contava com um esquema