Victor Hugo - O U_ltimo Dia de um Condenado e Claude Gueux

O Último Dia de um Condenado
&
Claude Gueux
Victor Hugo

Tradução de José de Nel-Castro

EDITORIAL VERBO

Victor Marie Hugo nasceu em Besançon, a 26 de Fevereiro de 1802, e morreu em Paris, a 22 de Maio de 1885. Filho de um general do Império, estreia-se na literatura em 1822, com a publicação de Odes et Poésies Diverses. Casa nesse mesmo ano, sem quaisquer outros recursos materiais para além de uma pensão de mil francos, concedida por Luís XVIII ao poeta, pelo seu espírito monárquico.
Decidido a conquistar a glória através da literatura, entrega-se a uma intensa actividade criadora. Na poesia, publica as Nouvelles Odes (1824) e Ballades
(1826), e, no romance, Bug-Jargal (1826) e O Último Dia de Um Condenado
(1829). Em 1825 é agraciado com a Legião de Honra.
O drama sobre Cromwell (1827) e o respectivo prefácio, que constitui um manifesto do Romantismo - bem evidente no Hernâni (1830) -, tal como a recolha poética das Orientales (1829), assinalam uma viragem: Hugo torna-se liberal e deixa de se afirmar católico. A rivalidade que a partir de 1830 surge entre ele e
Lamartine constitui um estímulo para a sua actividade literária. O vasto número de obras (poesia, teatro e romance) que publica até à sua admissão na Academia, em 1841, proporciona-lhe êxito e fortuna: Nossa Senhora de Paris (1831), Claude
Gueux (1834), Ruy Blas (1838). Entretanto, Victor Hugo aproxima-se da corte e é nomeado par do reino em 1845.
O ritmo da sua produção diminui. Os acontecimentos de 1848 levam-no a tornar-se republicano. Motivos políticos conduzem-no ao exílio, primeiro obrigatório, voluntário depois; e os anos que Victor Hugo vive afastado da França, passa-os quase inteiramente nas ilhas de Jersey e Guernesey. A partir de 1852, o ano do exílio, a sua actividade criadora de novo se intensifica, marcada agora com o cunho da maturidade: Les Châtiments (1853), Les Contemplations (1856), La
Légende des Siècles (1859), Les Misérables (1862), Les Travailleurs