Variação
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Fernando Tarallo adota a definição de língua como um sistema convencional adquirido pelos indivíduos durante o convívio social, e, portanto, sujeito a variações de ordem fonológica, morfossintática, estilística e/ou semântica.
A língua então difere por inúmeras variações. Em textos especializados, a classificação da variação linguística fica como:
Variação diatópica – ou variação regional, verificada através da comparação entre os modos de falar de lugares diferentes, ou seja, as diferenças de vocabulário e de estrutura sintática entre regiões. Essass diferenças linguísticas regionais são graduais, não necessariamente, coincidindo com as fronteiras geográficas.
Variação diastrática – a que se verifica através da comparação entre os modos de falar de diferentes classes sociais. Está relacionado com fatores, como: a idade, o nível socioeconômico, o grau de educação, o gênero do indivíduo. São variações que ocorrem em virtude da convivência entre grupos sociais.
Variação diafásica – a que se verifica entre os modos de falar de um indivíduo de acordo com o grau de monitoramento mediante a interação verbal. São variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, por exemplo, em determinadas situações ocorre variação linguística a um mesmo indivíduo, devido a diversas ocasiões onde se determina a maneira como irá se comunicar, podendo ser formal ou informal.
Variação diagenérica – a que se verifica entre os gêneros diferentes. Diferença no falar do homem e no falar da mulher, que vai além do timbre ou ritmo da voz.
Variação diacrônica – a que se investiga ao se comparar uma língua em diferentes etapas da história, as mudanças que ocorre na língua em detrimento ao tempo.