USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE: A construção de um processo conflituoso e suas diretrizes socioambientais
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE: A construção de um processo conflituoso e suas diretrizes socioambientais
Lázaro Dias Alves
Luana Aparecida Castro Firmino
Prof. Dr. Marco Malagodi - Questão Ambiental Contemporânea
Campos dos Goytacazes – RJ: Abril/2015
RESUMO:
Este artigo tem como objetivo central contribuir para a discursão acerca dos conflitos e suas diretrizes socioambientais, provocadas pela construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. O foco principal é descrever este processo desde sua gênese, que já se iniciou conflituoso e analisar a divergência de ideias a respeito do uso do meio ambiente (os recursos naturais), que é construída pelo intermédio das politicas desenvolvimentistas e ambientalistas.
PALAVRAS-CHAVE: Conflitos, Hidrelétrica, Belo Monte, Meio Ambiente, Desenvolvimentistas, ambientalistas.
1. Introdução
A construção de uma Usina seja ela hidrelétrica, eólica, nuclear, termoelétrica envolve interesses privados, sejam eles econômicos e/ou políticos, e interesses coletivos por sua vez. Mas são as divergências de ideais a cerca do uso dos recursos naturais, ou a convergência dos mesmos que ocasionam conflitos ambientais e sociais.
O processo da construção da Usina hidrelétrica brasileira na Amazônia, nominada como Usina de Belo Monte, tem em sua gênese conflitos socioambientais incluídos desde ao seu planejamento em 1975, obra prioritária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal brasileiro. De lá para cá protestos, movimentos sociais, incluindo povos indígenas, ribeirinhos e povos locais foram constantes e fluentes.
É importante salientar que, com a instalação da Usina houve uma rápida modificação na dinâmica do município de Altamira, onde foram introduzidas novas interações sociais. Isto é, o município passou a ter um novo mecanismo e uma nova configuração