URSS

Na noite de 25 de dezembro de 1991, o então presidente soviético - e já ex-secretário geral do partido comunista - Mikhail Gorbachev anunciou sua demissão. Depois, a bandeira soviética com a foice e o martelo foi substituída no Kremlin de Moscovo pela bandeira branca, azul e vermelha da Rússia pré-comunista. Foi um gesto apenas simbólico para marcar o fim de uma União Soviética que de fato já não existia mais. O próprio discurso ressentido, por vezes arrogante, mostrava que ele na verdade havia sido atropelado pelas reformas e não foi capaz de prever ou evitar. Depois do fim da União Soviética não resultou em melhoria das condições de vida para a maior parte da população. A democracia esta longe de chegar. E o que não é menos preocupante, o fim da bipolaridade entre as duas superpotências (URSS e Estados Unidos), não trouxe a paz mundial, e nem ao menos conseguiu diminuir o número de intervenções militares pelo mundo.

Atropelado pelas reformas -- O processo de desintegração da União Soviética foi muito mais difícil do que um pedido de renúncia. Internamente, houve a queda no preço do petróleo e a disputa interna entre grupos liberais. Externamente, a corrida contra os Estados Unidos pressionou a economia soviética a um ponto insustentável. Reduzir a queda da União Soviética a um único motivo seria impossível. Um dos momentos para a queda da URSS foi a assinatura do acordo com os EUA."Esse acordo, para a retirada dos mísseis de curto e médio alcance que estavam na Europa, na prática significou o término da ameaça ao continente e da Guerra Fria". O fim da ameaça dos mísseis permitiu uma série de desdobramentos que seriam impensáveis num cenário de tensão militar. Esse cenário de transformação mundial somente foi possível porque a União Soviética, estava buscando novas soluções, teve um envolvimento internacional crescente, apoiando movimentos revolucionários socialistas em dezenas de países. "A