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Se a competitividade é um jogo, supõe que haja parceiros ou adversários também dispostos a vencer.
O jogo de mercado, portanto a competição entre as empresas, quando o jogo interno que responde pela cultura e pelo clima nas organizações.
Mas o que é competir para o senso comum? E como tal noção se identifica ou conflita com um enfoque teórico como o dos princípios construtivistas da aprendizagem humana baseados na teoria de Piaget?
Geralmente, para o senso comum, competir significa entrar num jogo para sair vencedor. Contudo é também possível que se ouça a afirmativa: “O importante não é ganhar; é competir”. Esta é a retórica geralmente empregada para consolar os perdedores em certames esportivos, sobretudo quando se trata de crianças e jovens em fase de aprendizado. O que se presencia, portanto é muito mais que o espírito esportivo, no sentido de aceitar que nem sempre se ganha, mesmo porque por mais preparado que alguém esteja, há que contar com o acaso e com o(s) adversário(s) e seu preparo. Mas o que se percebe é a exaltação da “esperteza” em lugar do equilíbrio e da ponderação, ou do espírito de conquista a qualquer preço e sob qualquer condição em lugar de um espírito de luta. No mundo dos negócios percebe-se, em nome da competitividade, uma lógica semelhante, enfatizando que só o indivíduo ou a organização respondem pela própria vitória, escamoteando assim as condições externas tanto no que respeita à organização no jogo de mercado, quanto ao indivíduo no interior da organização.
Aspectos metodológicos
A análise das entrevistas possibilitou uma delimitação preliminar de como as pessoas entrevistadas apreendem a cooperação e a competição. Cabe aqui o registro de que a maioria dos entrevistados demonstrou sentir-se mais à vontade ao falar sobre a cooperação que sobre