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1783 palavras 8 páginas
SOLFIERI

Solfieri , o libertino, narra uma aventura que teria passado em Roma, cidade do fanatismo e a perdição: na alcova do sacerdote dorme a gosto a amásia, no leito da vendida se pendura o crucifixo lívido. E um requintar de gozo blasfemo que mescla o sacrilégio à convulsão do amor, o beijo lascivo à embriaguez da crença.

Certa noite, enquanto passeia. Solfieri vê uma imagem de mulher que canta e derrama lágrimas: "um choro de frenesi, num gemer de insânia". Ele a segue até o cemitério, onde ela parece soluçar... Acorda sozinho no cemitério, febril após uma noite de chuva, frio e sonhos da qual não consegue se esquecer. Observe o ambiente macabro formado pelo sonho, delírio e cemitério.

Um ano depois, sai de uma orgia com a condessa Bárbara e, embriagado, chega a um lugar bem escuro, a uma igreja. Lá ele encontra um caixão e ao abri-lo acha que a defunta é o anjo do cemitério. O que faz? Retira-a do caixão e a possui no templo.

Este episódio necrófilo, bastante erotizado (que nos faz lembrar a badalada posse da bela adormecida); de repente ele se choca como retorno da mulher á vida. Na realidade, ela sofria de catalepsia (estado mórbido, ligado à auto-hipnose e à histeria, caracterizado por enrijamento dos membros, insensibilidade, respiração e pulso lentos e palidez cutânea. seg. Novo Dicionário Aurélio).

A personagem Solfieri leva a mórbida criatura" à sua casa, onde ela morre "após duas noites e dois dias de delírio.

Ele, então, paga a um escultor uma estátua da moça, cava-lhe um túmulo e "estende o leito sobre ele"; e dorme durante um ano sobre o corpo da amada.

A estátua fica pronta e Solfieri procura convencer os amigos da veracidade da história, jurando pelo pai, que era conde e bandido, pela mãe, que fora a bela Messalina (prostituta) das ruas.

Abre a camisa, a fim de que vejam, em volta do seu pescoço, uma grinalda de flores mirradas, murcha e seca como o crânio dela!" A morbidez e sordidez do episódio põem á nossa mira o

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