Tratamento de superfice em metais
Um dos fatores de maior importância para o bom desempenho da pintura é o preparo da superfície.
As tintas aderem aos metais por ligações físicas, químicas ou mecânicas. As duas primeiras ocorrem através de grupos de moléculas presentes nas resinas das tintas que interagem com grupos existentes nos metais. A ligação mecânica se dá sempre associada a uma das outras duas e implica na necessidade de uma certa rugosidade na superfície.
Preparar a superfície do aço significa executar operações que permitam obter limpeza e rugosidade. A limpeza elimina os materiais estranhos, como contaminantes, oxidações e tintas mal aderidas, que poderiam prejudicar a aderência da nova tinta. A rugosidade aumenta a superfície de contato e também ajuda a melhorar esta aderência.
O grau de preparação de superfície depende de restrições operacionais, do custo de preparação, do tempo e dos métodos disponíveis, do tipo de superfície e da seleção do esquema de tintas em função da agressividade do meio ambiente.
1.1 – Contaminantes:
O aço é uma liga ferro-carbono contendo outros elementos tais como Manganês, Silício, Fósforo e Enxofre, seja porque estes integravam as matérias primas (minérios e coque) com que foram fabricados, seja porque lhes foram deliberadamente adicionados, para lhes conferirem determinadas propriedades.
Qualquer material diferente destes, mesmo se tratando de óxidos de sais do Ferro sobre a superfície do aço é considerado um contaminante.
Os contaminantes são classificados de acordo com a sua natureza:
- Óleos e graxas: qualquer gordura, oleosidade ou material estranho à superfície prejudica a aderência das tintas;
- Suor: líquido produzido pelas glândulas sudoríparas, com pH entre 4,5 e 7,5. Contém água, gordura e sais. Na composição do suor encontramos os seguintes elementos químicos: Água, Sólidos, Glicose, Fenóis, Ácido Lático, Ácido Úrico, Ácido Cítrico, Cloretos, Fosfatos, Sulfatos, Sódio, Potássio, Cálcio e